Receber o diagnóstico de hidrocefalia pode ser assustador, ainda mais quando se trata de um filho pequeno. No entanto, é importante saber que existem tratamentos para hidrocefalia eficazes que podem controlar a condição e proporcionar qualidade de vida ao paciente.
Com os avanços da medicina e a atuação de neurocirurgiões especialistas, como o Dr. Edson Bernaldino, é possível conseguir bons resultados quando o tratamento é iniciado precocemente.
Neste artigo, você vai entender melhor o que é a hidrocefalia, quais são seus principais tipos, causas, sintomas e os tratamentos cirúrgicos mais utilizados na doença. Continue acompanhando!
O que é hidrocefalia?
A hidrocefalia é uma condição neurológica caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) dentro dos ventrículos cerebrais, que são cavidades presentes no cérebro. Esse líquido circula normalmente entre o cérebro e a medula espinhal, atuando como uma proteção e ajudando a eliminar resíduos metabólicos.
Quando há um desequilíbrio na produção, circulação ou absorção do LCR, ele se acumula e causa um aumento da pressão intracraniana. Essa pressão pode levar a diversos sintomas, desde dores de cabeça e náuseas até alterações cognitivas e motoras.
O que causa a hidrocefalia?
As causas da hidrocefalia podem variar de acordo com a faixa etária e o tipo da doença. Em bebês, ela pode estar relacionada a malformações congênitas, como o fechamento incompleto do tubo neural, infecções intrauterinas, ou mesmo a complicações durante o parto.
Já em adultos ou idosos, a hidrocefalia pode surgir após traumatismos cranianos, tumores, infecções (como meningite) ou hemorragias cerebrais. Há também casos em que a causa não é identificada, sendo classificada como idiopática.
Tipos de hidrocefalia
A hidrocefalia pode ser classificada de acordo com sua origem e características. Entender esses tipos ajuda no diagnóstico e na escolha do melhor tratamento.
Hidrocefalia congênita
Está presente desde o nascimento e geralmente é causada por malformações no sistema nervoso central, como estenose do aqueduto de Sylvius. Também pode estar relacionada a infecções intrauterinas ou alterações genéticas.
Hidrocefalia adquirida
Surge após o nascimento, como consequência de infecções (como meningite), traumatismos cranianos, hemorragias ou tumores que afetam o fluxo ou a absorção do líquido cefalorraquidiano.
Hidrocefalia comunicante
Acontece quando o LCR circula normalmente entre os ventrículos cerebrais, mas não é absorvido de forma eficiente pelas estruturas responsáveis por sua reabsorção. Isso causa acúmulo progressivo do líquor.
Hidrocefalia obstrutiva
Acontece quando há um bloqueio físico no sistema ventricular, impedindo que o LCR flua adequadamente entre as cavidades cerebrais. Esse bloqueio pode ser causado por cistos, tumores ou malformações.
Hidrocefalia de pressão normal (HPN)
Mais comum em idosos, essa forma da doença é caracterizada por um acúmulo de LCR sem aumento visível da pressão intracraniana nos exames.
Os principais sintomas são alterações de marcha, problemas de memória e incontinência urinária, que muitas vezes são confundidos com doenças degenerativas.
Qual o tratamento para hidrocefalia?
Na maioria dos casos, o tratamento para hidrocefalia envolve intervenções neurocirúrgicas com o objetivo de drenar o excesso de líquido e normalizar a pressão intracraniana.
Os tratamentos para hidrocefalia mais comuns são a Derivação Ventriculoperitoneal (DVP) e a Terceiroventriculostomia Endoscópica (ETV).
Derivação Ventriculoperitoneal
É o procedimento mais utilizado no tratamento da hidrocefalia. Consiste na inserção de um cateter no ventrículo cerebral, que é conectado a uma válvula reguladora e o excesso de líquor é drenado para a cavidade abdominal e lá é absorvido.
A cirurgia de hidrocefalia é eficaz em bebês, crianças e adultos, e pode ser usada de forma permanente. A válvula é ajustável, permitindo controlar o fluxo do líquido de acordo com a necessidade do paciente.
Ventriculostomia Endoscópica do Terceiro Ventrículo
É uma técnica minimamente invasiva e indicada principalmente para hidrocefalia obstrutiva. É feita uma abertura no assoalho do terceiro ventrículo cerebral, permitindo que o líquido flua diretamente para a base do cérebro, contornando o bloqueio. Esse tratamento é minimamente invasivo e mais comum em adolescentes e adultos, e pode dispensar o uso de válvula.
É possível reverter hidrocefalia?
A hidrocefalia, quando diagnosticada precocemente, pode ser tratada com sucesso, e o paciente pode levar uma vida praticamente normal. No entanto, o tratamento não reverte a doença, e sim controla seus efeitos, evitando a progressão dos sintomas e prevenindo danos cerebrais permanentes.
Em casos de hidrocefalia em bebês, a intervenção precoce é ainda mais essencial. O cérebro da criança ainda está em evolução, portanto o excesso de pressão pode trazer atrasos no desenvolvimento, deficiências neurológicas permanentes e até deficiência intelectual.
Dessa forma, é essencial ficar atento a sinais como cabeça crescendo mais rápido que o normal, moleira estufada, bebê muito irritado ou sonolento, além de atrasos para sentar ou engatinhar. Esses sintomas de hidrocefalia em bebês podem parecer sutis no início, mas identificar cedo faz toda a diferença.
Cuidado que faz a diferença no seu tratamento
Receber o diagnóstico de hidrocefalia, seja para você ou para um filho, é um momento que pode trazer medo, confusão e muitas perguntas.
É normal se sentir perdido, mas você não precisa enfrentar isso sozinho. Contar com um neurocirurgião experiente, que escute e oriente com clareza, é muito importante. Se você está buscando ajuda, saiba que há tratamento e caminhos possíveis.
O Dr. Edson Bernaldino (CRM-SP 227280) é neurocirurgião em Vila Mariana e atende pacientes com hidrocefalia, oferecendo cuidado real e um olhar atento para cada detalhe do tratamento.
Seu trabalho une conhecimento atualizado com uma abordagem que respeita a história e as necessidades de cada paciente, principalmente em casos delicados como os de hidrocefalia em bebês ou casos de longa evolução.
Dr. Edson atua em hospitais de referência em São Paulo, como o Hospital Sírio Libanês, Beneficência Portuguesa, Santa Catarina. Membro do Centro Dória de Neurociências e titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, sendo especialista em procedimentos como a derivação ventriculoperitoneal e a ventriculostomia endoscópica.
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