A embolização cerebral é um procedimento minimamente invasivo utilizado no tratamento de doenças nos vasos sanguíneos do cérebro, como aneurismas, malformações arteriovenosas e tumores altamente vascularizados.
Em casos selecionados pelo especialista, essa técnica pode ser uma opção, com menor tempo de recuperação e resultados clínicos satisfatórios.
Neste artigo, você vai entender como a embolização funciona, quando ela é indicada, quais são os benefícios e como é o pós-operatório. Confira!
O que é embolização cerebral?
A embolização cerebral é um procedimento terapêutico que visa interromper o fluxo de sangue anormal dentro do cérebro. Isso é feito com o auxílio de um cateter (um tubo fino e flexível) que é inserido por meio da artéria femoral, geralmente na região da virilha, e guiado até o local da lesão vascular no cérebro.
Chegando ao ponto exato do problema, o médico introduz materiais, como espirais de platina, cola biológica, microesferas ou stents, que ajudam a bloquear o fluxo de sangue na área afetada, promovendo a oclusão do aneurisma, por exemplo.
Quando a embolização é indicada?
A embolização cerebral pode ser indicada em casos como:
- aneurismas cerebrais, principalmente os não rompidos.
- malformações arteriovenosas (MAVs), que representam conexões complexas e anormais entre artérias e veias e que tem alto risco para a microcirurgia ou como método adjuvante pré-cirurgia convencional.
- tumores cerebrais com irrigação sanguínea intensa, como meningiomas proporcionando uma cirurgia mais segura e com menos sangramento.
- fístulas arteriovenosas durais, que também envolvem fluxo sanguíneo anormal.
No geral, cada caso deve ser avaliado por um neurocirurgião especializado em doenças cerebrovasculares, que decidirá se a embolização é o melhor tratamento e se deve ser combinada com outro método.
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Como é feita a embolização cerebral?
O procedimento é feito em ambiente hospitalar, com suporte de hemodinâmica e anestesia. Veja como funciona cada etapas do procedimento:
- Anestesia: o paciente geralmente recebe anestesia geral para maior conforto e imobilidade durante o procedimento.
- Introdução do cateter: o cateter é inserido em uma artéria da virilha e guiado por dentro dos vasos sanguíneos até o cérebro com auxílio de um aparelho de imagem (angiografia digital).
- Aplicação dos materiais: ao chegar na lesão, o médico injeta os materiais específicos para bloquear o vaso ou aneurisma.
- Monitoramento: o fluxo sanguíneo é verificado em tempo real para garantir que a oclusão foi eficaz.
- Encerramento: o cateter é retirado e o local de punção é fechado.
Quais são os cuidados após uma embolização cerebral?
O pós-operatório da embolização cerebral costuma ser mais rápido do que o de uma cirurgia aberta. No entanto, é fundamental seguir todos os cuidados médicos para garantir a recuperação total. Veja as principais cuidados a se tomar:
- repouso relativo por alguns dias após a alta, evitando esforços físicos e atividades intensas;
- uso de medicações prescritas pelo neurocirurgião, como analgésicos ou anticoagulantes;
- acompanhamento ambulatorial com exames de imagem, como a angioressonância, para confirmar o sucesso do tratamento;
- não dirigir ou fazer atividades de risco nos primeiros dias.
Em casos de dor de cabeça forte, alterações na visão ou fala, ou outros sintomas neurológicos, procurar atendimento médico imediatamente.
O tempo de recuperação vai variar conforme o caso, mas muitos pacientes retomam suas atividades habituais em poucos dias, se estiverem se sentindo bem.
Quais são os benefícios da embolização cerebral?
Por ser um procedimento minimamente invasivo, realizado por dentro dos vasos sanguíneos, a embolização cerebral permite uma recuperação mais rápida, com menos dor e menor tempo de internação.
Os principais benefícios são:
- menor risco de infecção, já que não há necessidade de incisões no crânio;
- preservação dos tecidos cerebrais, pois o procedimento é direcionado apenas à lesão; muito embora a microcirurgia também pode ser personalizada e minimizar as invasões nos tecidos.
- alta hospitalar em 1 ou 2 dias, na maioria dos casos;
- retorno mais rápido às atividades diárias;
- pode ser repetido ou complementado, caso necessário.
Além disso, a embolização é benéfica para pacientes que não têm indicação cirúrgica ou que possuem condições clínicas que aumentam o risco de uma operação aberta.
Como é a vida após a embolização de um aneurisma?
Após uma embolização cerebral para tratamento de aneurisma, a maioria dos pacientes experimenta uma vida normal e sem limitações. Uma vez que o aneurisma foi tratado com sucesso, o risco de ruptura praticamente desaparece, o que traz grande alívio e segurança para o paciente e sua família.
É essencial manter hábitos saudáveis, como controle da pressão arterial, alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e evitar o tabagismo, pois são fatores que podem contribuir para o surgimento de novos aneurismas.
O acompanhamento com o neurocirurgião deve continuar, com exames periódicos para garantir que tudo está em ordem.
Tratamento de aneurisma: clipagem x embolização
Ao receber o diagnóstico de um aneurisma cerebral, uma das primeiras dúvidas é qual é o melhor tratamento: clipagem ou embolização?
A resposta depende de diversos fatores, como o tamanho, a localização e o tipo do aneurisma, além das condições do paciente.
- A clipagem é um procedimento cirúrgico tradicional em que o crânio é aberto (craniotomia) para que o neurocirurgião coloque um pequeno clipe metálico na base do aneurisma, bloqueando o fluxo de sangue e prevenindo a ruptura. É uma técnica altamente eficaz, sendo a principal escolha para a maioria dos procedimentos já que os resultados a longo prazo são superiores.
- Já a embolização cerebral é menos invasiva, feita por cateterismo, sem necessidade de abrir o crânio. O procedimento bloqueia o aneurisma por dentro, com menor agressão ao corpo, menor tempo de hospitalização e recuperação mais rápida. Possui uma taxa de sucesso elevada, mas quando falamos de longo prazo a microcirurgia pode ser melhor.
A embolização pode ser a primeira escolha de tratamento em casos de aneurismas de difícil acesso ou para pacientes com maior risco operatório.
Portanto, ambas as técnicas são eficazes, e o mais importante é que a decisão seja tomada com um neurocirurgião experiente, que avaliará todas as variáveis clínicas e indicará a abordagem mais segura para cada caso.
Na região de São Paulo, o Dr. Edson Bernaldino é referência no tratamento de doenças cerebrovasculares como neurocirurgião na Vila Mariana.
O Dr. Edson é membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, atua no Departamento de Neurocirurgia Vascular do Hospital de Transplantes de São Paulo e no Centro Dória de Neurociências (CDN), além de já ter sido professor universitário.
Com atendimento humanizado, claro e seguro, sempre explicando cada passo do tratamento para que o paciente e seus familiares se sintam mais tranquilos.
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FAQ (Perguntas Frequentes)
A embolização cerebral é uma cirurgia?
Não, a embolização cerebral é um procedimento minimamente invasivo, feito por dentro dos vasos sanguíneos, sem a necessidade de abrir o crânio. É considerada uma técnica endovascular.
Quantas horas dura uma embolização cerebral?
O tempo pode variar de 1 a 3 horas, dependendo da complexidade do caso e do tipo de lesão tratada. O paciente permanece em observação por 24 horas após o procedimento.
Quais são os efeitos colaterais da embolização cerebral?
Podem ocorrer dor de cabeça leve, fadiga, náuseas ou hematoma na virilha. Porém, efeitos mais sérios são raros, ainda mais quando o tratamento é feito por um profissional experiente.
Quantos dias de repouso após embolização?
O repouso costuma ser de 5 a 7 dias, com retorno gradual às atividades. Exercícios físicos devem ser evitados por algumas semanas, conforme orientação médica.
Usa anestesia na embolização da cabeça?
Sim. A anestesia geral costuma ser utilizada para garantir conforto durante o procedimento. Em casos mais simples, pode-se usar anestesia local com sedação, dependendo da avaliação do especialista.