Blog - Edson Bernaldino

Cavernoma cerebral: saiba o que é, principais sintomas, diagnóstico e quando o tratamento cirúrgico é necessário com acompanhamento especializado.

Cavernoma cerebral: o que é, sintomas e quando tratar

Receber o diagnóstico de um cavernoma cerebral pode ser algo assustador, especialmente porque muitas pessoas nunca ouviram falar dessa condição. Ao contrário do que alguns imaginam, não se trata de um tumor, mas de uma malformação vascular no cérebro — uma espécie de “emaranhado” de pequenos vasos sanguíneos dilatados que se agrupam formando cavidades cheias de sangue.

Essas cavidades têm paredes mais frágeis do que os vasos normais, o que pode aumentar o risco de sangramentos. Embora, em muitos casos, o cavernoma permaneça silencioso, em outros ele pode provocar sintomas importantes e exigir atenção médica cuidadosa.

O que é cavernoma cerebral?

Explicando de modo simples, é uma anomalia vascular que pode estar presente desde o nascimento (congênita) ou surgir ao longo da vida. Os cavernomas cerebrais são formados por vasos que não seguem o padrão normal de circulação, criando bolsões de sangue que não participam ativamente do fluxo sanguíneo cerebral.

Imagine uma rede de estradas: enquanto as vias normais têm asfalto e sinalização adequados, um cavernoma é como um conjunto de caminhos improvisados, irregulares e mais propensos a apresentar problemas. Essa estrutura pode permanecer estável durante anos ou sofrer alterações que levam a sangramentos e sintomas neurológicos.

Estudos indicam que os cavernomas representam cerca de 10 a 15% das malformações vasculares cerebrais diagnosticadas, sendo detectados com mais frequência graças ao avanço das técnicas de imagem, especialmente a ressonância magnética.

Sintomas do cavernoma cerebral

Os sintomas do cavernoma cerebral variam muito de pessoa para pessoa. Alguns pacientes descobrem a condição por acaso, durante exames realizados por outros motivos. Em outros casos, o quadro clínico pode ser evidente e preocupante.

Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Crises convulsivas — muitas vezes, o primeiro sinal que leva à investigação;
  • Dor de cabeça — pode variar de intensidade e não está sempre relacionada a sangramento;
  • Déficits neurológicos — como fraqueza, perda de sensibilidade, alterações visuais ou dificuldade na fala;
  • Sintomas transitórios — episódios de confusão mental ou descoordenação motora que desaparecem após minutos ou horas.

O risco mais temido é a hemorragia cerebral, que ocorre quando as paredes frágeis do cavernoma se rompem, liberando sangue no tecido cerebral. Dependendo da localização e da intensidade do sangramento, os sintomas podem ser graves e exigir atendimento médico imediato.

Diagnóstico: como identificar o cavernoma cerebral

O diagnóstico é, na maioria das vezes, feito por meio da ressonância magnética. Esse exame consegue mostrar com clareza a presença do cavernoma e fornecer detalhes sobre seu tamanho, forma e localização.

Existem técnicas de ressonância específicas, como a sequência de susceptibilidade magnética (SWI), que aumentam a sensibilidade para detectar pequenos depósitos de sangue, comuns nesses casos.

O histórico clínico e a avaliação neurológica também são fundamentais. O neurocirurgião especializado analisa não apenas as imagens, mas também o contexto de cada paciente: frequência e intensidade dos sintomas, histórico familiar e presença de outros cavernomas.

Quando tratar o cavernoma cerebral?

Nem todos os casos exigem cirurgia. Muitos pacientes podem ser apenas acompanhados de forma periódica, com consultas e exames regulares para verificar se há mudanças na lesão.

A decisão de intervir cirurgicamente depende de fatores como:

  • Presença de sintomas persistentes ou que afetam a qualidade de vida;
  • Histórico de sangramento recente;
  • Localização acessível para a cirurgia, minimizando riscos;
  • Aumento do tamanho do cavernoma ou surgimento de novos sintomas.

Quando o risco de sangramento é elevado ou quando os sintomas comprometem a vida diária do paciente, a remoção cirúrgica pode ser indicada. Nesse cenário, a avaliação deve ser feita por um neurocirurgião experiente, que considere o equilíbrio entre benefícios e riscos da intervenção.

Importância do acompanhamento com especialista

O cavernoma cerebral exige acompanhamento rigoroso. Uma vez que, a evolução da lesão pode variar, somente o monitoramento com exames periódicos permite identificar alterações que demandem intervenção.

O acompanhamento com um neurocirurgião especializado é essencial para:

  • Avaliar com precisão o risco individual de sangramento;
  • Definir a frequência ideal dos exames de imagem;
  • Ajustar o tratamento conforme a evolução clínica;
  • Orientar o paciente sobre sinais de alerta e medidas de segurança no dia a dia.

Essa relação médico-paciente, pautada pela confiança e pelo diálogo, contribui para decisões mais seguras e personalizadas.

Avanços no tratamento e perspectivas

Nos últimos anos, houve importantes avanços nas técnicas cirúrgicas e na precisão do diagnóstico. A microcirurgia assistida por imagem e o uso de neuronavegação aumentaram a segurança das operações, permitindo acessar áreas cerebrais com menor risco de danos.

Ainda assim, a cirurgia só é indicada quando os benefícios superam os riscos, e cada decisão é tomada de forma individualizada. Em muitos casos, especialmente nos assintomáticos, o melhor tratamento é observar e intervir apenas se houver mudanças.

Vivendo com um cavernoma cerebral

Receber esse diagnóstico pode gerar medo e insegurança, mas é importante lembrar que, com acompanhamento adequado, muitos pacientes levam uma vida normal e produtiva. 

Conhecer a condição, compreender os riscos e manter um canal aberto de comunicação com o médico são passos fundamentais para lidar com a situação de forma saudável.

A informação correta, baseada em evidências médicas, é a maior aliada na tomada de decisões.Se você ou alguém próximo recebeu o diagnóstico de cavernoma cerebral, procure avaliação com um especialista de confiança. Conheça o trabalho do renomado neurocirurgião na Vila Mariana —  São Paulo, Dr. Edson Bernaldino, e tenha a segurança de um acompanhamento individualizado.

Receber o diagnóstico de um tumor no cérebro é uma notícia que muda a rotina de qualquer pessoa e reagir a isso pode ser pessoalmente muito difícil. É  natural surgir dúvidas de como funciona a cirurgia para tumor cerebral e onde encontrar um apoio seguro e um tratamento eficiente com um profissional confiável. 

Mas, com os avanços na neurocirurgia os procedimentos cada vez mais precisos, seguros e personalizados para cada caso podemos atingir excelentes resultados. 

Neste artigo, você vai entender como é feita a cirurgia para tumor cerebral, desde a avaliação inicial até o pós-operatório. Boa leitura!

O que é a cirurgia para tumor cerebral

A cirurgia para tumor cerebral é o principal tratamento para a maioria dos tumores que se formam no cérebro ou nas suas proximidades.

O procedimento consiste na remoção total ou parcial do tumor, com o objetivo de aliviar sintomas, preservar funções neurológicas e, sempre que possível, alcançar a cura que sempre será nossa prioridade.

A decisão de operar depende de diversos fatores, como:

  • Localização e tipo do tumor;
  • Tamanho e extensão da lesão;
  • Estado clínico e idade do paciente;
  • Riscos neurológicos associados à remoção.

Antes da cirurgia, o paciente passa por exames de imagem detalhados, como ressonância magnética e tomografia, que ajudam a definir a estratégia cirúrgica.

Em muitos casos, o planejamento envolve o uso de neuronavegação, tractografia, espectroscopia que é um tipo de “biópsia virtual”, são tecnologias que permitem maior precisão no planejamento seguro acesso ao tumor.

Tipos de cirurgia no cérebro para retirada de tumor

Existem diferentes técnicas de cirurgia no cérebro para retirada de tumor e a escolha do método depende da localização e da complexidade da lesão. As principais são:

Craniotomia

É a técnica mais comum. Nela, uma parte do osso do crânio é temporariamente removida para que o neurocirurgião possa acessar o tumor. Após a remoção, o osso é recolocado e fixado para se regenerar. 

Esse método é indicado para tumores mais profundos ou em áreas que exigem ampla visualização. É frequentemente utilizada por neurocirurgiões em casos que exigem alto grau de precisão.

Neurocirurgia minimamente invasiva

Em alguns casos, é possível realizar a cirurgia por meio de pequenas incisões, com o auxílio de endoscópios e microscópios cirúrgicos.

Essa abordagem reduz o tempo de internação e recuperação, sendo indicada para tumores de menor tamanho ou localizados em regiões acessíveis como a sela túrcica e a hipófise por exemplo. 

Cirurgias com paciente acordado (awake surgery)

Quando o tumor está em áreas que controlam funções importantes, como a fala ou os movimentos, o procedimento pode ser feito com o paciente acordado.

Isso permite ao neurocirurgião monitorar as respostas em tempo real e evitar danos a essas funções, ajudando na recuperação do paciente. Nossa equipe possui treinamento e expertise técnica para executar esse procedimento de forma segura, sem dor e sem traumas. 

Preparação para a cirurgia e o que esperar

A preparação para a cirurgia começa dias antes do procedimento. Para isso temos um time de especialistas de alta confiança formando uma equipe multidisciplinar, incluindo neurologistas, anestesistas e fisioterapeutas. Os principais cuidados pré-operatórios incluem:

  • Suspensão de medicamentos que possam interferir na coagulação; Meus pacientes recebem acesso a uma área específica e exclusiva do site com material de apoio contendo todas as informações sobre sua cirurgia e como se preparar.  
  • Jejum adequado antes da cirurgia;
  • Avaliação da pressão intracraniana e função respiratória.

Durante o procedimento, o paciente é monitorado continuamente e pode permanecer sedado ou acordado, conforme a técnica escolhida.

Quais os riscos de uma cirurgia de tumor cerebral?

Uma das perguntas mais comuns é, quais os riscos de uma cirurgia de tumor cerebral. Embora os procedimentos estejam cada vez mais seguros, todo ato cirúrgico envolve riscos. Os principais são:

  • Infecção no local da cirurgia;
  • Sangramentos;
  • Convulsões no pós-operatório;
  • Edema cerebral;
  • Déficits neurológicos temporários ou permanentes.

A boa notícia é que esses riscos são avaliados antes da cirurgia e podem ser minimizados com planejamento adequado, uso de tecnologia de ponta e uma equipe experiente. Por isso, contar com expertise em tumores cerebrais faz toda a diferença.

Como é a recuperação após a cirurgia

O tempo de recuperação varia conforme o tipo de cirurgia, a complexidade do tumor e a resposta individual do paciente. Em geral, o pós-operatório inclui:

  • Internação de 2 a 7 dias, dependendo do caso;
  • Uso de medicamentos para controle de dor, inchaço e convulsões;
  • Acompanhamento com fisioterapia e fonoaudiologia, se necessário;
  • Retorno gradual às atividades diárias.

Alguns pacientes podem necessitar de radioterapia ou quimioterapia após a cirurgia, especialmente em casos de tumores malignos ou incompletamente removidos.

O acompanhamento neurológico contínuo é essencial para monitorar a recuperação e detectar qualquer sinal de recidiva. Nós cuidamos do paciente e toda sua  jornada de tratamento com total segurança. 

Cirurgia para tumor cerebral quais os cuidados finais

Entender como funciona a cirurgia para tumor cerebral é um passo importante para enfrentar o diagnóstico com mais segurança e clareza.

Embora envolva desafios, os avanços médicos e tecnológicos oferecem hoje tratamentos mais seguros e eficazes, com melhores resultados funcionais e qualidade de vida para o paciente.

A escolha de um profissional experiente e atualizado é fundamental nesse processo. O Dr. Edson Bernaldino, neurocirurgião no Jardins – SP, atua com excelência no diagnóstico e tratamento de tumores cerebrais, combinando tecnologia de ponta com um olhar humano e acolhedor em cada etapa do cuidado.

Se você ou um familiar está enfrentando essa jornada, busque apoio especializado. O acompanhamento com um neurocirurgião de confiança pode transformar o caminho do tratamento e oferecer tranquilidade para tomar decisões seguras.