Blog - Edson Bernaldino

Jovem inconsciente deitado no chão ao ter ataques epilépticos antes de fazer cirurgia para epilepsia

Cirurgia para epilepsia: quando é indicada e como funciona

A cirurgia para epilepsia é um tratamento que pode transformar a vida de pessoas que convivem com crises frequentes e não respondem bem aos medicamentos. Para quem sofre com a doença, entender quando ela é indicada e como funciona é um passo importante rumo a uma vida mais segura e tranquila.

A seguir, você verá um guia completo sobre esse tipo de procedimento. Entenda por que vale a pena fazer a cirurgia para epilepsia e o que esperar da avaliação com um neurocirurgião especializado!

O que é epilepsia e quais problemas ela causa?

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por crises recorrentes causadas por descargas elétricas anormais no cérebro. Essas crises podem se manifestar de diversas formas, como:

  • desmaios e espasmos musculares;
  • perda de consciência;
  • movimentos involuntários;
  • ou alterações comportamentais.

Além do impacto físico, a epilepsia pode gerar desafios emocionais e sociais. Pacientes costumam conviver com medo de novas crises, limitação para dirigir, dificuldade em estudar ou trabalhar e até isolamento.

Mesmo com o uso de medicamentos, cerca de 30% das pessoas continuam apresentando crises frequentes e nesses casos a cirurgia é uma possibilidade de melhora.

Como funciona a cirurgia para epilepsia?

A cirurgia para epilepsia tem como objetivo reduzir ou eliminar as crises, atuando diretamente na área do cérebro onde elas se originam ou modulando a atividade elétrica cerebral.

Antes do procedimento, o paciente passa por uma avaliação rigorosa que inclui exames de imagem (como a ressonância magnética), eletroencefalograma de longa duração, testes neuropsicológicos e, em casos selecionados, monitorização intracraniana.

O processo costuma ter três etapas principais:

  1. Localização da área epileptogênica: é identificada a região exata do cérebro onde as crises começam. Quanto mais precisa essa identificação, maior a segurança e a eficácia da cirurgia.
  2. Planejamento do procedimento: o neurocirurgião avalia qual técnica oferece o melhor equilíbrio entre controle das crises e preservação das funções cerebrais essenciais, como fala, memória e movimento.
  3. Execução da cirurgia: dependendo do caso, o cirurgião pode remover, desconectar ou modular áreas cerebrais específicas. Hoje, existem muitas técnicas minimamente invasivas, que oferecem recuperação mais rápida e menor risco de complicações.

Tipos de cirurgia para epilepsia

1. Cirurgia de ressecção

É a técnica mais tradicional e uma das mais eficazes. Na ressecção, o cirurgião remove a região cerebral responsável pelas crises, geralmente o lobo temporal, que é o foco mais comum de epilepsias farmacorresistentes. Quando bem indicada, pode levar à remissão completa das crises em grande parte dos pacientes.

2. Desconexão funcional

Em vez de remover tecido cerebral, essa técnica desconecta áreas que propagam as crises, impedindo que elas se espalhem.

3. Estimulação do nervo vago (VNS)

Um dispositivo semelhante a um marcapasso é implantado no tórax e envia pulsos elétricos ao nervo vago, ajudando a regular a atividade elétrica cerebral. É indicado principalmente quando não é possível identificar uma área exata para ressecção.

4. Estimulação cerebral profunda (DBS)

Eletrodos são implantados em regiões profundas do cérebro para modular as descargas elétricas anormais. Portanto, é uma opção para epilepsias graves ou generalizadas.

5. Técnicas minimamente invasivas

O laser ablativo, por exemplo, utiliza energia térmica para destruir o foco epiléptico com altíssima precisão e mínima abertura craniana. Cada técnica é escolhida de acordo com o tipo de epilepsia, exames realizados e perfil do paciente, sempre priorizando segurança e qualidade de vida.

Quando a cirurgia de epilepsia é indicada?

A cirurgia de epilepsia é indicada principalmente para pacientes com epilepsia farmacorresistente, ou seja, pessoas que continuam tendo crises mesmo após tentarem pelo menos dois medicamentos, em doses corretas e acompanhadas por um neurologista.

Além disso, é importante considerar a cirurgia quando:

  • a origem das crises é clara e localizada;
  • os medicamentos provocam efeitos colaterais intensos;
  • as crises colocam o paciente em risco frequente de acidentes;
  • a epilepsia impacta de forma significativa a vida escolar, profissional ou emocional.

O objetivo não é apenas controlar sintomas, mas restaurar a autonomia do paciente, permitindo que ele volte a dirigir, trabalhar, estudar ou realizar atividades que antes eram impossíveis.

Quais são os riscos da cirurgia de epilepsia?

Toda cirurgia envolve riscos, mas eles são cuidadosamente avaliados antes do procedimento. Entre os possíveis riscos da cirurgia estão infecções, sangramentos e déficits neurológicos temporários ou permanentes, que variam com a área operada.

No entanto, quando a cirurgia é realizada por um neurocirurgião experiente, após avaliação completa e criteriosa, os resultados costumam ser muito positivos. Em muitos casos, as crises diminuem ou até desaparecem, reduzindo a necessidade de medicamentos e devolvendo liberdade para o paciente.

Onde fazer a cirurgia com segurança?

Ao considerar uma cirurgia tão delicada quanto a cirurgia para epilepsia, a escolha do especialista é tão importante quanto o próprio procedimento.

O Dr. Edson Bernaldino (CRM 227280 | RQE 100852) é neurocirurgião em São Paulo, conhecido  pela sua especialidade em neurocirurgia moderna e humanizada.

Com mais de uma década de experiência e formação sólida em centros de excelência, atua nos principais hospitais do país, como Beneficência Portuguesa, Santa Catarina, Albert Einstein e Hospital Sírio Libanês.

Seu trabalho conta com técnicas minimamente invasivas até procedimentos complexos, sempre com foco em oferecer segurança e acolhimento para cada pessoa.

Como especialista em microcirurgia vascular e diversas patologias cerebrais, o Dr. Edson busca usar a tecnologia e sua expertise para atender a história de cada paciente com transparência.

Se você ou alguém que ama convive com epilepsia e quer saber se o tratamento cirúrgico da epilepsia é uma opção para o seu caso, agende uma consulta hoje!

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