O aneurisma cerebral é uma condição que causa uma dilatação anormal em uma artéria do cérebro, que pode permanecer estável por muitos anos ou se romper de forma súbita, causando hemorragia cerebral.
Segundo a Brain Aneurysm Foundation (BAF), cerca de 1 em cada 50 pessoas vive com um aneurisma cerebral não rompido. Por isso, entender as causas de aneurisma cerebral e os fatores de risco associados é fundamental para a prevenção e o diagnóstico precoce.
O que pode provocar um aneurisma cerebral?
As causas de aneurisma cerebral estão relacionadas a uma combinação de fatores genéticos, estruturais e comportamentais. O aneurisma surge quando há enfraquecimento na parede de uma artéria cerebral, fazendo com que ela se dilate e forme uma espécie de “bolha”, uma região frágil.
Essa área enfraquecida pode aumentar de tamanho com o tempo até se romper, provocando uma hemorragia subaracnóidea, um tipo grave de AVC.
As causas mais associadas ao aneurisma cerebral são:
- Hipertensão arterial: a pressão alta constante enfraquece as paredes dos vasos sanguíneos, favorecendo o surgimento de aneurismas.
- Tabagismo: o cigarro é um dos principais agentes de dano vascular, pois reduz a elasticidade das artérias e aumenta o risco de lesões nas artérias.
- Uso de drogas ilícitas, como cocaína e anfetaminas: essas substâncias provocam picos de pressão e lesões diretas nas artérias cerebrais.
- Fatores genéticos: pessoas com histórico familiar de aneurisma ou doenças do tecido conjuntivo (como síndrome de Ehlers-Danlos e síndrome de Marfan), além de doença renal policística autossômica dominante, têm maior propensão.
- Idade e sexo: o risco aumenta após os 40 anos e é um pouco maior em mulheres, devido à influência hormonal na estrutura dos vasos.
Além desses, há outras condições menos frequentes, como infecções e traumas cranianos, que também podem contribuir para o enfraquecimento das artérias.
Quem tem mais chance de ter aneurisma?
Nem todas as causas de aneurisma estão sob controle, mas compreender quem tem mais chance de desenvolver o problema ajuda na detecção.
Pessoas com histórico familiar direto de aneurisma cerebral devem conversar com um neurologista para avaliação por meio de exames de imagem. Pacientes hipertensos não controlados, fumantes e consumidores excessivos de álcool estão entre os grupos de maior risco.
Mulheres no período pós-menopausa também apresentam risco ligeiramente maior devido à redução do estrogênio, um hormônio que ajuda a proteger a parede vascular. Por isso, o acompanhamento médico regular e o controle dos fatores de risco são essenciais.
Sinais de aneurisma
Na maioria dos casos, não há sintomas de aneurisma cerebral até o momento da ruptura. Entretanto, quando o aneurisma é grande ou pressiona estruturas próximas, podem surgir sinais como:
- Dor de cabeça constante ou localizada;
- Visão dupla ou turva;
- Dor acima ou atrás dos olhos;
- Queda de pálpebra;
- Dormência facial.
A ruptura de um aneurisma, por sua vez, costuma causar uma dor de cabeça súbita e intensa, muitas vezes descrita pelos pacientes como “a pior dor da vida”. Nesses casos, trata-se de uma emergência médica que requer atendimento imediato.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, como angiografia cerebral, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que permitem identificar o tamanho e a localização do aneurisma.
É possível sobreviver a um aneurisma cerebral?
Sim, mas o prognóstico depende da rapidez do diagnóstico e do tratamento. Quando o aneurisma se rompe, há risco elevado de sequelas neurológicas e morte. Segundo a Brain Aneurysm Foundation, aneurismas cerebrais rompidos são fatais em cerca de 50% dos casos.
A medicina moderna, no entanto, oferece técnicas cada vez mais seguras para o manejo da condição, aumentando as chances de sobrevivência e recuperação.
Tipos de tratamento para aneurisma cerebral
- Cirurgia de clipagem: é um procedimento aberto no qual o neurocirurgião posiciona um pequeno clipe de metal na base do aneurisma, bloqueando o fluxo de sangue para dentro dele.
- Embolização cerebral: essa é uma técnica minimamente invasiva em que microespirais metálicas são introduzidas por um cateter, selando o aneurisma internamente.
A escolha do tratamento vai depender do tamanho, da forma e da localização do aneurisma, além das condições gerais do paciente. Em casos de aneurismas pequenos e estáveis, o médico pode optar pelo acompanhamento periódico e controle da pressão arterial.
A importância do diagnóstico precoce
O grande desafio dos aneurismas cerebrais é o fato de serem silenciosos. A BAF afirma que apenas nos Estados Unidos aproximadamente 6,8 milhões de pessoas convivem com um aneurisma cerebral não rompido.
Em grande parte dos casos, ele é descoberto apenas por acaso em exames realizados por outros motivos, já que muitos pacientes permanecem assintomáticos durante toda a vida. Mas, com o avanço da neurocirurgia, é possível identificar o problema em estágios iniciais.
Com especialistas, como o Dr. Edson Bernardino, você pode contar com acompanhamento completo, desde o diagnóstico até o pós-operatório, aumentando as chances de recuperação e preservação das funções neurológicas.
Alguns pacientes podem se beneficiar de procedimentos endovasculares, técnica menos invasiva mas depende muito do formato, tamanho e localização precisa do aneurisma.
Os pacientes que recebem o tratamento adequado podem levar uma vida normal, mantendo cuidados com a saúde cardiovascular.
Quando procurar um especialista?
Caso apresente dor de cabeça intensa e súbita, junto com náuseas, rigidez na nuca ou perda de consciência, deve procurar imediatamente o pronto-socorro. Mesmo sintomas leves e persistentes, como visão dupla ou formigamento facial, merecem investigação.
Se há casos de aneurisma cerebral na sua família, é recomendável realizar uma avaliação preventiva com um neurocirurgião.
O Dr. Edson Bernaldino, especialista em diagnóstico e cirurgia de aneurisma cerebral em São Paulo, é membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e atua com técnicas modernas de clipagem e embolização. O Dr. Edson acompanha cada paciente de perto, oferecendo suporte durante todo o processo de avaliação das causas de aneurisma até o tratamento.