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Mulher com dores intensas na cabeça, ilustrando as causas de aneurisma cerebral

Causas de aneurisma cerebral: entenda os principais fatores de risco

O aneurisma cerebral é uma condição que causa uma dilatação anormal em uma artéria do cérebro, que pode permanecer estável por muitos anos ou se romper de forma súbita, causando hemorragia cerebral.

Segundo a Brain Aneurysm Foundation (BAF), cerca de 1 em cada 50 pessoas vive com um aneurisma cerebral não rompido. Por isso, entender as causas de aneurisma cerebral e os fatores de risco associados é fundamental para a prevenção e o diagnóstico precoce.

O que pode provocar um aneurisma cerebral?

As causas de aneurisma cerebral estão relacionadas a uma combinação de fatores genéticos, estruturais e comportamentais. O aneurisma surge quando há enfraquecimento na parede de uma artéria cerebral, fazendo com que ela se dilate e forme uma espécie de “bolha”, uma região frágil.

Essa área enfraquecida pode aumentar de tamanho com o tempo até se romper, provocando uma hemorragia subaracnóidea, um tipo grave de AVC.

As causas mais associadas ao aneurisma cerebral são:

  1. Hipertensão arterial: a pressão alta constante enfraquece as paredes dos vasos sanguíneos, favorecendo o surgimento de aneurismas.
  2. Tabagismo: o cigarro é um dos principais agentes de dano vascular, pois reduz a elasticidade das artérias e aumenta o risco de lesões nas artérias.
  3. Uso de drogas ilícitas, como cocaína e anfetaminas: essas substâncias provocam picos de pressão e lesões diretas nas artérias cerebrais.
  4. Fatores genéticos: pessoas com histórico familiar de aneurisma ou doenças do tecido conjuntivo (como síndrome de Ehlers-Danlos e síndrome de Marfan), além de doença renal policística autossômica dominante, têm maior propensão.
  5. Idade e sexo: o risco aumenta após os 40 anos e é um pouco maior em mulheres, devido à influência hormonal na estrutura dos vasos.

Além desses, há outras condições menos frequentes, como infecções e traumas cranianos, que também podem contribuir para o enfraquecimento das artérias.

Quem tem mais chance de ter aneurisma?

Nem todas as causas de aneurisma estão sob controle, mas compreender quem tem mais chance de desenvolver o problema ajuda na detecção. 

Pessoas com histórico familiar direto de aneurisma cerebral devem conversar com um neurologista para avaliação por meio de exames de imagem. Pacientes hipertensos não controlados, fumantes e consumidores excessivos de álcool estão entre os grupos de maior risco.

Mulheres no período pós-menopausa também apresentam risco ligeiramente maior devido à redução do estrogênio, um hormônio que ajuda a proteger a parede vascular. Por isso, o acompanhamento médico regular e o controle dos fatores de risco são essenciais.

Sinais de aneurisma

Na maioria dos casos, não há sintomas de aneurisma cerebral até o momento da ruptura. Entretanto, quando o aneurisma é grande ou pressiona estruturas próximas, podem surgir sinais como:

  • Dor de cabeça constante ou localizada;
  • Visão dupla ou turva;
  • Dor acima ou atrás dos olhos;
  • Queda de pálpebra;
  • Dormência facial.

A ruptura de um aneurisma, por sua vez, costuma causar uma dor de cabeça súbita e intensa, muitas vezes descrita pelos pacientes como “a pior dor da vida”. Nesses casos, trata-se de uma emergência médica que requer atendimento imediato.

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, como angiografia cerebral, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que permitem identificar o tamanho e a localização do aneurisma.

É possível sobreviver a um aneurisma cerebral?

Sim, mas o prognóstico depende da rapidez do diagnóstico e do tratamento. Quando o aneurisma se rompe, há risco elevado de sequelas neurológicas e morte. Segundo a Brain Aneurysm Foundation, aneurismas cerebrais rompidos são fatais em cerca de 50% dos casos.

A medicina moderna, no entanto, oferece técnicas cada vez mais seguras para o manejo da condição, aumentando as chances de sobrevivência e recuperação.

Tipos de tratamento para aneurisma cerebral

  • Cirurgia de clipagem: é um procedimento aberto no qual o neurocirurgião posiciona um pequeno clipe de metal na base do aneurisma, bloqueando o fluxo de sangue para dentro dele.
  • Embolização cerebral: essa é uma técnica minimamente invasiva em que microespirais metálicas são introduzidas por um cateter, selando o aneurisma internamente.

A escolha do tratamento vai depender do tamanho, da forma e da localização do aneurisma, além das condições gerais do paciente. Em casos de aneurismas pequenos e estáveis, o médico pode optar pelo acompanhamento periódico e controle da pressão arterial.

A importância do diagnóstico precoce

O grande desafio dos aneurismas cerebrais é o fato de serem silenciosos. A BAF afirma que apenas nos Estados Unidos aproximadamente 6,8 milhões de pessoas convivem com um aneurisma cerebral não rompido.

Em grande parte dos casos, ele é descoberto apenas por acaso em exames realizados por outros motivos, já que muitos pacientes permanecem assintomáticos durante toda a vida. Mas, com o avanço da neurocirurgia, é possível identificar o problema em estágios iniciais.

Com especialistas, como o Dr. Edson Bernardino, você pode contar com acompanhamento completo, desde o diagnóstico até o pós-operatório, aumentando as chances de recuperação e preservação das funções neurológicas.

Alguns pacientes podem se beneficiar de procedimentos endovasculares,  técnica menos invasiva mas depende muito do formato, tamanho e localização precisa do aneurisma. 

Os pacientes que recebem o tratamento adequado podem levar uma vida normal, mantendo cuidados com a saúde cardiovascular.

Quando procurar um especialista?

Caso apresente dor de cabeça intensa e súbita, junto com náuseas, rigidez na nuca ou perda de consciência, deve procurar imediatamente o pronto-socorro. Mesmo sintomas leves e persistentes, como visão dupla ou formigamento facial, merecem investigação.

Se há casos de aneurisma cerebral na sua família, é recomendável realizar uma avaliação preventiva com um neurocirurgião.

O Dr. Edson Bernaldino, especialista em diagnóstico e cirurgia de aneurisma cerebral em São Paulo, é membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e atua com técnicas modernas de clipagem e embolização. O Dr. Edson acompanha cada paciente de perto, oferecendo suporte durante todo o processo de avaliação das causas de aneurisma até o tratamento.

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